domingo, 20 de abril de 2014

O MINHO

Dizem, ou li algures?, que sair de casa, mudar de ambiente e cenário, é dos melhores remédios para a alma. Posso provar a verdade do aforismo. Estou longe do meu Alentejo amado, neste Minho exuberante, num espaço onde o verde abunda, a água corre solta e as pessoas falam um português apressado, bem diferente do arrastar de sílabas da minha zona. Atravessei o país vendo com olhos de ver, olhando o exterior para não ter de encarar os destroços interiores, e gostei da força do mar na Costa Nova, das cores do Douro ao atravessar o Porto, das pedras graníticas que fazem esta terra de Ponte de Lima. 
Já passei Páscoas fora de Portalegre, em Lisboa, no Algarve também, mas é a primeira vez que estou tão longe, teclando com calma para não acordar a minha neta pequenina. É bom estar longe. É bom poder olhar o mundo e acreditar que a vida é muito mais do que desinteresse, distância e abandono. Aqui, neste espaço que me é estranho, não perco tempo a procurar-me, limito-me a existir e a espantar-me, ah o dom do espanto!, com a força de uma Natureza impressionante e avassaladora!

1 comentário:

  1. É tão bom saber que gostaste tanto do "nosso" Minho... Nós adoramos ter-te la!!
    Fica prometido outra visita???

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