quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

A gente muda...

Nas últimas semanas, por motivos profissionais, tenho ido a Elvas muitas vezes. Elvas e eu temos uma relação estranha... Cresci a ouvir dizer que Elvas não era lugar relevante e, paradoxalmente, ia lá muitas vezes porque os meus Pais tinham lá amigos de quem guardo muio boas memórias. Era lá que estava o Dr. Mário Monteiro, a Dona Gracinda, amigos que ficarão, sempre, ligados a momentos felizes da minha infância. Depois fui crescendo e Elvas tinha boas festas, era um lugar onde ia para me divertir. Em Portalegre, talvez por hábito, continuava a criticar Elvas... Tive um enorme acidente de automóvel, aos treze anos, conduzida por um jovem elvense e fiquei, para sempre, a gostar muito dele, do meu amigo do desastre, como digo ainda.
Por ironia do destino, esse que insiste em trocar-me as voltas, três sobrinhos que eu adoro viveram em Elvas e lá fui eu, muitas e muitas vezes, a caminho da cidade do Aqueduto.
Agora, com mais calo nos sentires, olho Elvas e gosto da cidade. Gosto da Escola de janelas grandes viradas para o Aqueduto, gosto do português cantado e da alegria que, creio, é contágio dos espanhóis.
A gente muda mesmo! Muda tanto que estou a olhar o calendário para encontrar um dia para ir passear a Elvas. Só passear!


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