sábado, 19 de janeiro de 2019

FEITIOS

Já sabemos que, na Natureza, tudo se transforma. Dizem que nada se perde, mas disso eu duvido porque tenho perdido muito tempo...
Nós, humanos, (uns mais do que outros), transformamos-nos todos os segundos, morrendo um pouco, renovando células, reinventando essências e aparências. No entanto, vá lá perceber-se porquê, há quem goste de insistir na impossibilidade de mudança, sinal de pouca inteligência, digo eu, muitas vezes em silêncio, quando me garantem sempre fui assim, não vou mudar. 
Não percebo, ou seja, não quero ter de perceber, o argumento dos feitios. É o meu feitio, dizem-me, e apetece-me gritar que o facto de sermos inteligentes permite, ou deve permitir, a adaptação a novas circunstâncias, a transformação do que, nos nossos eus, é pouco correcto.
Os tempos de hoje, esta modernidade alucinante, caracterizam-se, entre outros factos, pela veloz transformação de tudo e de todos, e quem se agarrar ao feitio empedernido corre o risco de se tornar num muro de cimento. 
Os muros de cimento não se movem senão com violência. O muros de cimento não deixam passar luz!

2 comentários:

  1. Luísa, excepcional como sempre!! Mas será que só eu me prenúncio sobre a sua belíssima escrita?

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  2. Obrigada, Dalma. Embora a estatística me diga que me lêem nos Estados Unidos, na Suiça e em França, parece que é mesmo só a Dalma quem ousa ter opinião...

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