quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

GRILOS

Sem dúvida, embora ainda existam cegos voluntários, o mundo está a sofrer alterações profundas a todos os níveis. São as tecnologias, a alimentação, a organização social, as famílias, a saúde, os hábitos  sociais, as relações amorosas, a educação, os automóveis, TUDO! TUDO está a transformar-se a uma velocidade vertiginosa por vezes. 
Há uns anos, por exemplo, uma pessoa fazia um curso que era uma garantia de emprego, era algo que se colava à pele como fazendo parte da própria identidade. Era-se professor, ou engenheiro, ou o que fosse, para sempre... Hoje, as formações de base são, apenas (e é MUITO!) uma forma de tentar abrir portas no mundo do emprego, e a requalificação, a mudança de actividade profissional, acontecem sem espanto. Viaja-se pelo mundo do trabalho como pelas estradas do mundo, sem fronteiras e vencendo obstáculos.
Dantes, num dantes de vinte anos, os grilos eram insectos que cantavam nas gaiolas, apanhavam-se com uma palhinha nos buracos do campos e comiam alface. Hoje, comem-se grilos garantindo que são saborosos (sabem a avelã) e nutritivos...
Com tanta mudança e transformação, cada pessoa tem duas possibilidades: - Ou continua parado no tempo, observando e negando o óbvio; ou dá corda à coragem e transforma a sua maneira de viver, pensar e sentir! Este Tempo é o meu, o nosso, o daqueles que já passaram o meio século mas continuam vivos. E eu não quero ficar presa no passado! Gosto de desafios e, apesar de assumidamente ter muitos receios, acho aliciante esta convocatória que a vida faz para a transformação de cada EU com cada NÓS!

2 comentários:

  1. À parte das suas considerações sobre mudanças, só quero dizer que também eu e os meus irmãos íamos ao campo apanhar grilos, com a tal palhinha. Primeiro a gaiola era de madeira com grades de arame, dp, vieram as plásticas, de todas as cores... o ritual de por a alface pertencia ao meu pai, para haver a garantia do grilo não saltar cá para fora!

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