sábado, 9 de fevereiro de 2019

A CANECA

Alguém me ofereceu há muito tempo, a minha amiga maior!, uma caneca que diz que a vida não precisa de ser perfeita para ser maravilhosa. Uso a caneca diariamente, é boa para o chá quente, para o leite morno que ilude a insónia também, mas só esta noite me concentrei na máxima que tem inscrita. 
É verdade! A vida faz-se de pequenas imperfeições, de possíveis, de adaptações e aceitações e, nunca, de perfeições. Estou a tentar aprender que a vida pode mesmo ser maravilhosa e que, para que isso seja realidade, precisamos desligar-nos do que nos faz mal, do que é negativo, do que nos fere. Desgraças, incómodos, só mesmo os que a falta de saúde, incontrolável, pode acarretar.
Ontem, há bocadinho, sexta-feira ainda, vivi um momento maravilhoso. No CAEP da minha cidade, os CAEPVOICES, vozes que conheço de muitas conversas, encheram de timbres, melodias, ritmo e alegria, o meu serão. É bom estar rodeada por gente lagóia, como eu, partilhar momentos sem olhares críticos e feitos de condenações. É bom ouvir boa música, sentir depois o frio da noite, alinhar na bebida tardia - mesmo sabendo que irá abrir a porta à insónia -, e chegar a casa rindo. Daqui a pouco, de novo o trabalho. A educação inclusiva, o 54, as medidas universais, a minha vontade consciente de ajudar a fazer diferente, a fazer melhor. Por agora, quando a noite ainda embrulha o meu mundo, é bom sentir o corpo vivo e a vontade de continuar seguindo ritmos de encantamento.
A caneca tem razão. ainda que não perfeita, a vida pode ser maravilhosa!

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