segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

POESIA



Para as crianças tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o voo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos não veem.
 (Ruben Alves)


E os eruditos, os arautos da sabedoria e da verdade que é só deles, continuam a punir e a combater o direito natural das crianças ao espanto! 
Aos poucos, num sistema formatado, feito de modelos maioritariamente anquilosados, a Escola Pública insiste em matar a poesia e o natural gosto pela aprendizagem das crianças e jovens.
Hoje, quando o sol frio não chega para me aquecer a alma, quando vejo as crianças felizes que enchem o pátio da escola lamentando ter de ir para a sala de aula, penso que não pode ser possível, em consciência, não acreditar e não querer construir práticas diferentes.
Nem tudo é Poesia. Mas não se pode viver sem Poesia...

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