quinta-feira, 7 de março de 2019

VIOLÊNCIA

Não devo ser a única a não compreender o mundo que integro. Não compreendo esta realidade de ódio, de mesquinhez e violência. Não compreendo o que foi que, ao longo do tempo, fez com que a vida, e o direito à vida, passasse a ser encarado como algo de somenos importância. Homens matam mulheres quase diariamente, mães matam filhos, pais matam crianças, vizinhos disparam sobre vizinhos e os funerais sucedem-se, a indignação também. Marcam-se dias, chama-se a atenção de todos para o horror crescente, mas nada parece resultar… H
oje, assinala-se o dia de luta contra a violência sobre as mulheres. Hoje, a comunicação social, os cidadãos preocupados, dão voz à revolta e à mágoa. Mas é pouco! Creio, no meu vício de pensar, que é preciso alterar os modelos sociais, que é preciso reformular, estruturalmente, a sociedade. Com a evolução tecnológica, talvez sem darmos por isso, fomos focando a nossa acção humana no fazer e esquecemos o ser. Agora, somos confrontados com o resultado…
Não sei qual será a solução, ou se haverá solução, mas acredito (tenho de acreditar) que é necessário desenvolver uma pedagogia social feita de humanismo, assente em Valores como o respeito pelo outro, o direito à vida, a individualidade. E não só à Escola cabe esta árdua e urgente transformação. Os Media, os políticos, as diversas associações, deviam aderir a este paradigma no qual, se calhar, só eu acredito!
Ontem, mais uma mulher foi morta. Hoje, esvoaçam parangonas. Amanhã, se calhar, outra mulher será morta.

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