domingo, 28 de abril de 2019

ADEUS SONHO

Não é preciso bateres com a porta. Não é preciso arremessar palavras agudas, nem vale a pena desfiar ses. Conheço-te há muito tempo, e não há tempo demais, por isso já devia saber que não és de confiança. 
Não se pode confiar em ti! 
Iludiste-me, fizeste-me acreditar que, se eu quisesse, ia mesmo acontecer, que a Escola ia fazer sentido e tecer-se de mil razões cheiinhas de emoção e, afinal, uma vez mais, ficou só o pó da escrita e a dor da desilusão.
Contigo, sonho, é sempre assim! Fazes-te de mil possíveis, iludes-me e, quando achas que estou pronta, quando sorrio segura de que é agora - no Agora que cada instante faz verdade - ris-te, bates com a porta e deixas-me os destroços do fumo da confiança.
Vai então sonho, vai de vez. Estou velha. Desisto. Prometo que não vou voltar a sonhar!

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