domingo, 13 de novembro de 2022

Tristeza

 Encosto-me à parede de cal gelada. Deixo correr as memórias, tempero-as com lágrimas que insistem em cair. Sim, a infelicidade existe. Sim, é preciso chorar, por muito que doa, por muito que se saiba, eu sei, que não há como lavar agoras. 

domingo, 6 de novembro de 2022

Vigarista em Formação

 Desilusão? Não. Revolta calma, por paradoxal que tal possa ser.

Uma aluna, copiou um texto e entregou-mo. Não sei se é o facto de ela menosprezar a minha inteligência, achando que eu não daria por isso, se é o nem se ter dado ao trabalho de corrigir o português do Brasil, se é o facto de ser uma vigarice, uma trafulhice, que é tomada por normal. Por sem problema.

Para mim, tem gravidade e é, sim, um problema. 

Muitos problemas, mesmo! É problema não se importar com a aprendizagem, tendo como objectivo conseguir uma nota a qualquer custo; é problema roubar o trabalho de outrem; é problema assumir a aldrabice como normal; é problema estar há 12 anos na Escola e ainda não distinguir o certo do errado, o Bem do Mal.

Esta miúda é das que gosta muito de falar em Direitos e Liberdades. Gosta de cartazes e campanhas.  Ou seja, de pouco (ou nada) serve andarmos nas Escolas a fazer campanhas quando continuamos a permitir  que os vigaristas cresçam ao nosso lado. E eu continuo a pensar que esta mudança de forma de pensar e agir, tem de ser trabalhada na Escola...


quarta-feira, 2 de novembro de 2022

TRADIÇÕES

 

O mês de Novembro, mês que sempre pinto de cinzento e vento, começa com tradições diversas. Vem o Dia das Bruxas, depois os Santinhos, a seguir o Dia de Finados. Gosto do Dia das Bruxas. sei que não é uma tradição portuguesa, mas gosto dos miúdos mascarados, das vassouras, das bruxas (o mundo sempre teve medo de mulheres que voam, sejam elas bruxas, fadas, ou ousadas), das abóboras luminosas, dos doces e das

travessuras. Não me parece, de todo, que importar tradições implique denegrir, ou ignorar, as nossas. De facto, este ano o Dia dos Santinhos começou cedo e foram muitos, mas muitos mesmo, os grupos de miúdos que me bateram à porta pedindo os santinhos.

Às vezes, muitas vezes,  penso que a diversidade nos enriquece e que querer ficar agarrado a um agora que foi ontem, nos impede de conhecer muitas das coisas boas da vida.

Gosto de inovação, de transformação. De viajar lá fora, e cá dentro.