domingo, 7 de novembro de 2021

PROJECTOS

 Cada dia que passa me faz olhar o mundo com mais curiosidade e estupefação. Multiplico em mim os como é possível, vejo crescer a desesperança e, paradoxalmente talvez, sinto crescer a minha vontade de agir. Claro que a minha maior desilusão é com a Escola. Eu, que quero muito um mundo melhor, acredito mesmo que só com uma Escola nova, absolutamente transformada, com práticas e metodologias que rasguem fundo a normalidade, poderemos construir uma realidade diferente. Oiço os políticos importantes, em Glasgow, entre fatos negros e máscaras personalizadas, falar do ambiente, do clima, da inexistência de um planeta B e espanto-me por não investirem, a ´sério e sem projectos inócuos, na educação das novas gerações.

Em Portugal, por exemplo, o projecto de Educação Sexual, seis horas no ensino secundário (a sério??), pode ser uma pesquisa sobre métodos contracetivos e produção de cartazes. Pode, também, o projecto de educação para a cidadania e desenvolvimento ser uma série de palestras (alguém muda comportamentos por ouvir??). Continuamos, e como isto me dói, a educar para o passado, sem querermos ver o óbvio, cegos da modernidade. 

A educação, a Escola de Hoje, não se pode limitar ao cumprimento de horário, à observação do enunciado nos documentos da tutela, aos testes de avaliação para classificar os alunos. É preciso pensar! É preciso ousar! É preciso ensina a pensar, a criticar, a seleccionar, a reconhecer, a sonhar. É preciso saber o que cada escola quer para os seus alunos em articulação com a comunidade que integra! 

Julgava que o tempo de Projectos Educativos iguais em diferentes escolas estava ultrapassado mas, infelizmente, não está.  

Esta Escola Portuguesa, que tem no papel práticas que louvo e sigo, que tem um documento norteador humanista e inovador, O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, não pode ter professores a dizer que esta, ou aquela turma, tem alunos do 54 (Decreto-Lei nº 54), que as questões aula são mini-testes, que é preciso decorar aquilo que um rápido clic no telemóvel nos diz.

Este ano, ando muito desiludida. Pensava, andava iludida, que a Educação estava bem diferente.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

O CDS

 Acho que tenho opção política, militância partidária, desde os 22 anos. Não tenho bem a certeza se seriam 22 ou 23, mas foi por aí que resolvi que era importante participar, escolher um lugar onde pudesse manifestar as minhas opiniões e ideais. Tornei-me militante do CDS e, tirando três ou quatro anos em que estive fora (porque o Dr. Paulo Portas me expulsou por indisciplina) sempre fui militante. Tenho cartão, e tenho orgulho nele. Gosto de ir a Congressos, de intervir, já fui Conselheira Nacional e não tenho vergonha, não escondo, a minha militância. Aliás, eu penso mesmo que se queremos um Mundo diferente, e melhor, e eu quero, temos de intervir! 

Ora, exactamente porque sou do CDS, não consigo ficar indiferente à crise que o Partido está a atravessar. Francisco Rodrigues dos Santos foi eleito em Congresso. Um Congresso onde estiveram os barões do partido (Nuno Melo e seus seguidores), que apresentaram propostas que nós, militantes, rejeitámos. 

Agora, depois de umas eleições autárquicas duras onde o CDS conseguiu não perder votos, aparecem de novo os que se julgam donos do Partido a criar problemas. 

O CDS não tem donos! O CDS é um Partido conservador, de Direita Liberal, democrata-cristão, que defende a Liberdade e a Iniciativa Privada, a Verdade e o Humanismo, acima de egoísmos e vaidades.

Estou farta dos que se julgam donos de tudo. Farta de Nuno Melo, de Adolfos e seus amigos. Não me deixam dormir, fazem-me ter insónias feitas de revolta e indignação. Saiam de vez do CDS!