Fazia, e faz, muita falta a chuva. Eu gosto da chuva. Gosto de a ouvir, como agora, furiosa lá fora, gosto de a sentir em cima de mim e gosto até, imagine-se, do seu atrevimento quando se enfia pela gola e molha, gelada, as costas quentinhas. A chuva fazia falta, o meu Alentejo já tinha gretas e, acho eu, andava poeira demais pelos ares.
Agora, que a chuva chegou, voltou a minha esperança num quotidiano profissional diferente. (Profissional, porque pessoal já eu tratei disso, mesmo com sol a mais). Queria que a nova Ministra, que por acaso até já foi professora do Secundário, devolvesse a dignidade aos professores. Obviamente, teria de ter a coragem de acabar com a divisão injusta, arbitrária, indecente, da carreira. Teria de enfiar no lixo, no normal para não haver sequer hipóteses de reciclagem, o estatuto da carreira e, ao mesmo tempo, todo o sistema de avaliação. Teria de ter coragem para dizer que esta Escola, esta com a paranóia da informatização e sem um olhar para as PESSOAS, não serve! Se ela refrescasse ideias, aproveitando a chuva que cai de borla, havia de proibir turmas com mais de 20 alunos e havia de reduzir, drasticamente, o tempo que os miúdos passam enfiados na Escola.Eu gostava que a Ministra se lembrasse que os miúdos precisam de tempo para viver! Até para viver as Aventuras que ela imagina para eles...Deus queira que ela apanhe uma molha revigorante!!
Se ela realmente fizer isso... Até lhe desejo que não se constipe... Mas que apanhe a bela da molha !
ResponderEliminarOlha Luísa,
ResponderEliminarDuvido muito... tem qualquer coisa na cara que não abona em favor dela...
Intuições...
Manuel Poppe