O Miguel podia chamar-se Pedro, Rodrigo ou outro nome qualquer, desde que jovem e irreverente. O Miguel tem sentido crítico apurado e, às vezes, fere sem querer... Com os olhos negros enormes, o Miguel gosta de aprender, responde a desafios, alinha na irreverência e na viagem fantástica do saber.
Quando, nas aulas, sinto o olhar negro pousado em mim, calo uma torrente de coisas que queria poder dizer-lhe. Queria que ele compreendesse que não podemos caminhar magoando os outros, que há brincadeiras que têm picos, que a aprendizagem é um processo também social e de formação.
O meu Miguel, ou Pedro, ou Rodrigo, é o aluno que faz um professor gostar de o ser. É o olhar que pede qualidade no desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem.
Este Miguel, que não é Pedro nem Rodrigo, consegue até escrever bons diálogos com a terrível Stephanie das inundações...
É porque há muitos Migueis que eu ainda gosto de ser professora!
Vê como vale a pena ainda ser professora? A Luísa marca muitos alunos, eu nunca a vou esquecer!
ResponderEliminarAna
O Miguel é daqueles alunos a que dá prazer ensinar
ResponderEliminarLuisa, os seus posts, que como este, relatam essas vivências aluno/professor, ou vice versa, tanto dá, despertam em mim uma vontade enorme de poder voltar, à "minha" sala, 40! Sei que não pode ser, que já mais voltará a ser... mas dá-me saudades!
ResponderEliminarTambém tive Migueis e Pedros, Rodrigos nenhuns pois o nome na altura ainda não estava na moda. Mas tive o Nélio, que me veio à memória quando li a descrição do Miguel. Com ele a empatia acabou por ser tal que me seguiu as pegadas!
Depois, anos mais tarde voltará a encontrar alguns/algumas e deles sentirá um forte e sincero abraço e as lembranças desses tempos que agora a mim me deixam saudades!
Aqui está a prova do que disse:
http://noareeiroeporai.blogs.sapo.pt