Não devo ser a única a não compreender o mundo que integro. Não compreendo esta realidade de ódio, de mesquinhez e violência. Não compreendo o que foi que, ao longo do tempo, fez com que a vida, e o direito à vida, passasse a ser encarado como algo de somenos importância. Homens matam mulheres quase diariamente, mães matam filhos, pais matam crianças, vizinhos disparam sobre vizinhos e os funerais sucedem-se, a indignação também. Marcam-se dias, chama-se a atenção de todos para o horror crescente, mas nada parece resultar… H
oje, assinala-se o dia de luta contra a violência sobre as mulheres. Hoje, a comunicação social, os cidadãos preocupados, dão voz à revolta e à mágoa. Mas é pouco! Creio, no meu vício de pensar, que é preciso alterar os modelos sociais, que é preciso reformular, estruturalmente, a sociedade. Com a evolução tecnológica, talvez sem darmos por isso, fomos focando a nossa acção humana no fazer e esquecemos o ser. Agora, somos confrontados com o resultado…
Não sei qual será a solução, ou se haverá solução, mas acredito (tenho de acreditar) que é necessário desenvolver uma pedagogia social feita de humanismo, assente em Valores como o respeito pelo outro, o direito à vida, a individualidade. E não só à Escola cabe esta árdua e urgente transformação. Os Media, os políticos, as diversas associações, deviam aderir a este paradigma no qual, se calhar, só eu acredito!
Ontem, mais uma mulher foi morta. Hoje, esvoaçam parangonas. Amanhã, se calhar, outra mulher será morta.
Ontem, mais uma mulher foi morta. Hoje, esvoaçam parangonas. Amanhã, se calhar, outra mulher será morta.
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