domingo, 17 de outubro de 2021

PROIBIR

 Eu não quero o meu país a seguir pelos caminhos que agora lhe impõem. Não quero viver presa, limitada, subjugada à vontade de outros. 

Aos poucos, e no entanto depressa demais, o estado português está a entrar nos caminhos da ditadura e isso, sinceramente, assusta-me. Que direito tem o estado de decidir onde levo os meus netos? Onde vou e o que faço? 

Antes do 25 de Abril, lembro-me bem, os filmes e espectáculos eram também proibidos a algumas idades. Lembro-me de, à entrada do Crisfal, me pedirem o velho bilhete de identidade para ver um determinado filme. Depois de Abril, passou a existir o não recomendado a menores de... cada um podia decidir no pleno uso da sua liberdade, e era bom poder fazê-lo. Foi assim que vi o Belle de Jour, com a Catherine Deneuve, nos meus 16 anos. 

Agora, andamos para trás. Voltam as proibições, as imposições que saem de minorias que eu repudio e, no entanto, me limitam. Dizem os entendidos que é/foi moeda para a aprovação do orçamento. Um orçamento feito de despesa e sem uma única ideia capaz de criar riqueza. Um orçamento que envergonha um povo que quer crescer e ser livre. Um povo que festeja Abril!

Eu, euzinha que tanto amo Portugal, hoje penso que, se calhar, seria melhor ter nascido espanhola. 

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