Há mais de um mês que não passo por aqui. E espanto-me com o facto de ter a vida tão cheia de urgências desnecessárias que perdi o Tempo para o meu eu. Enfrento desafios, batalho, sofro, luto contra injustiças, choro, rio-me (às vezes) e, de repente, percebo que tenho a vida completamente inundada de vazios. Pior, constato que, aos poucos, fui deixando que os nadas, muitos nadas vestidos de falsa importância, tomassem conta de mim.
À noite, quando o silêncio chega e os telefones páram de exigir a minha presença. não me reconheço. Estou cansada de tentar. Apetecia-me acertar. Ser.
Talvez seja o Natal, porque eu adoro o Natal! Das luzes ao Presépio, dos presentes, do sabor a gengibre, do bacalhau e até do perú. Sim, talvez seja o Natal a puxar o fio da marioneta que é o meu coração...
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