Nos programas de português, ao longo de diferentes anos, falamos muito de heróis. Vamos caracterizando cada herói de acordo com a sua acção, sempre inserida em Tempos específicos.
Há o herói medieval, de lança e a cavalo, salvando donzelas, perseguindo assustadores mouros de pele escura; há o do renascimento, que enfrenta os mares, os horizontes anteriores a nós, os monstros e o escorbuto; vem também o amante das utopias, o romântico que persegue a liberdade, o amor absoluto; e ainda há o que resiste à sociedade, não cede à corrupção, procura a utopia.
Todos os heróis enfrentam o medo. Porque o medo existe sempre, veste-se de muitas roupagens, mas sempre carrega sombras e desconhecimento.
Eu tenho medo(s). Receio cada daqui a bocadinho, temo cada acordar, tremo perante muitos agoras, choro face a ameaças que não controlo. Quando os meus braços embalavam crianças, cantava para lhes afastar os papões, os maus que ameaçavam o sono. Hoje, falta-me essa música abraçada, essa palavra securizante.
Sim, tenho medo.
E não sou heroína, nem vivo num romance.
Parabéns!! Saúde . Que haja luz...
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