Há uma história infantil que, ultimamente, tenho lembrado com muita frequência. Conta que uma velhota, que morava numa casa escura, fria e sem janelas, pôs um alguidar na rua e encheu-o de sol. Depois, com o alguidar a transbordar de luz e calor, levou-o para casa. Com desespero, viu desaparecer o sol que apanhara. A velhota tentou várias vezes prender o sol, mas nunca teve sucesso e, por isso, resolveu sentar-se à porta e recebê-lo mesmo ali, na rua, onde ele não se fazia rogado.
Ora, nos últimos tempos, sinto-me como a velhota. Eu bem tento armazenar Luz, Força, Resistência, Coragem, Optimismo, Confiança, mas, quando vou vasculhar os meus arquivos, está sempre tudo vazio... Então, como a velhota, sento-me e fico olhando o tamanho da escuridão que me rodeia. E fico mais triste do que ela, com vontade de chorar, porque, se me sento à porta, não há sol que me aqueça...
Olá!...
ResponderEliminarA Setôra, digo-lho eu, emana sempre, um raio de LUZ,uns raiozinhos que talvez vão ficando acumulados, de quando apanha sol!!É daquelas pessoas que deixa acumular,e guarda para as ocasiões em que o sol está escondido.
(Deve ser o caso...) É passageiro.
Mas como deve estar de férias, porque não, permanecer à porta aproveitando o sol, ou ir pela horta fora, com um casaco aconchegado e as botas, e depois nos contar algo dessa viagem?
Abraços!
Adorei este texto! Será um dia um tema de texto semanal??
ResponderEliminarAna