De vez em quando, talvez quando os problemas crescem e as preocupações se avolumam, vem-me à memória a história do indígena que se sentou à espera da alma que perdera nas pressas impostas.
Também me apetece sentar-me e ficar muito quietinha, em silêncio, esperando a minha alma que anda a monte. Não sei onde foi, não sei o que fizeram com ela, não sei se a esqueci nalguma paragem inoportuna da minha existência.
Achando sempre que ela era incómoda, que chegava a carregar-se excessivamente de negruras, agora sinto-lhe a falta que se corporiza no vazio imenso que me molha o olhar.
Se, por acaso, a minha alma não voltar, que serei eu mais do que, como dizia Pessoa "cadáver adiado que procria"?
Calma! Vai ver que a alma só foi descansar da sua energia...
ResponderEliminarAntónio
Faço meu, com desculpas pela apropriação, o comentário do António! Inteligente comentário!
ResponderEliminarA tua alma ("seja lá a alma o que for", palavras tuas...) está a ver se vais ter com ela! Está mesmo sentadinha ao teu lado......
ResponderEliminarSerá que ando assim tão distraída?
EliminarBeijinhos