A viagem fora longa mas a conversa boa, no conforto do ar condicionado, tornara-a rápida e agradável. No caminho, entre sorrisos cúmplices, acontecera a pausa, a boa esplanada frente ao mar, as brincadeiras entre os dois a propósito da multidão de corpos nus a fazer iguais todas as diferenças. O peixe, acompanhado pelo vinho frisante gelado que ela sempre pedia, soubera-lhes divinamente e o tempero de cumplicidade efectiva tornara-o inesquecível.
Ali, naquele lugar de sonho, no exacto ponto onde toda realidade é possível, ela adormeceu a desilusão e o desespero dos erros acumulados. Porque, afinal, enquanto o sonho existe a vida não está perdida!
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