Viajar é, sem dúvida, uma das maiores- se não a maior - fonte de aprendizagem. E como eu gosto de viajar. Acabei, há pouco, de chegar da travessia de meio Portugal.
De Ponte da Barca a Portalegre, ao longo de 400 kms solitários, vim viajando duplamente: - Por fora, a paisagem, por dentro os pensamentos. Por fora, um país pequeno e e diverso.
Por dentro, a certeza de que o país é lindo, cheio de diversidade. Fugi à auto-estrada, fui espreitar Aveiro, e mais uma vez me espantei com a força do mar da Costa Nova. Depois, Coimbra e as memórias herdadas do meu Pai a provarem-me que sim, que o Tempo passa...
O IC8 marcado pelo horror, árvores cadáveres orlando a estrada, serras escurecidas, casas isoladas e infelizes.
Nas áreas de serviço, por fora tão europeias e sugestivas, a tristeza de um Portugal que não há meio de se reinventar: - casas de banho sujas, fechos partidos, paredes escritas com as maiores idiotices que ninguém normal deseja ler.
Fico a pensar que, apesar de muita modernidade, de muitas parangonas feitas inovação, ainda, emPortugal, há muito - MUITO - por fazer. Pior... O que falta fazer, não leva tijolo, nem carece de cimento. O que falta fazer, chama-se educação, chama-se formação cívica!
Pois, pois Luísa, se educar fosse tão rápido como fazer uma parede de tijolo e cimento, até eu ainda tinha esperanças... só que a educação leva gerações a ver-se-lhe o efeito!
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