Daqui a um bocadinho, as crianças, jovens e muitos adultos portugueses vão voltar à escola. Com certeza, há hoje insónias, ansiedades várias, esperanças, promessas de desalento já. Como professora, o ano novo para mim começa agora e não no dia 1 de janeiro e, por isso, este é o tempo de fazer os meus projetos.
Acredito, mesmo, na Escola pública em Portugal. Conheço-a por dentro há 35 anos e sei que tem evoluído, que se tem feito de muita melhoria. No etanto, e porque a vida é mesmo assim, sei também que há muito para fazer... Sem dúvida, os Decretos-lei nºs 54 e 55 vieram facilitar à Escola a efetivação da transformação de práticas mas vieram também, simultaneamente, exigir um novo paradig educativo que, naturalmente, não é ainda assumido nem desejado por todos. Como o secretário de estado da educação não se cansa de dizer, "a autonomia não é um decreto. É um processo" Mas, apetece-me a mim acrescentar, por ser processo tem de se socorrer do gerúndio e não pode ficar apenas na Lei. Este é o ano de ir fazendo: - Ir modificando a sala de aula, desenvolvendo estratégias que permitam a cada aluno desenvolver as competências enunciadas no documento perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória, ao seu ritmo; ir compreendendo que NEE significa apenas Nova Era na Educação e, por isso, não é mais necessário sinalizar, referenciar, cadastrar alunos; ir transformando os critérios de educação em suportes (andaimes) para a aprendizagem, e não como seriadores de pessoas; ir transformando cada escola num lugar onde há redes que suportam o sucesso de cada um!
Este ano, é o ano da transformação mais profunda. A transformação que nunca aconteceu porque nunca, como agora, foi dito a acada escola que, no respeito pela sua identidade, construa o seu processo de sucesso.
Este ano, eu tenho mais orgulho ainda em ser professora!
Luísa, vem aí muito trabalho pela frente, mas não se diz que “o caminho se faz caminhando?”
ResponderEliminarBoa sorte
Dalma