Álvaro de Campos, poeta que tanto leio, diz a dado momento "(...) não me peguem no braço//já disse que não gosto que me peguem no braço//Vão para o diabo sem mim ou deixem-me ir para o diabo sozinho". Como eu o compreendo!
Hoje, também não quero ser pessoa de companhia, não quero que me peguem no braço e quero ir para o diabo sozinha. Não quero que me digam para ter coragem, que vai passar, que há quem esteja pior, ou melhor. Não quero! Quero chorar porque me apetece, quero a liberdade de ser infeliz sozinha e não me servem os conselhos sábios, ou as parangonas vazias. Não. Não quero pensar em coisas boas, não quero compreender decepções, não quero sorrir para acalmar a simpatia alheia.
Hoje, as lágrimas que são minhas têm de correr. Sim, de nada servirão, mas são minhas e hão-de correr enquanto eu precisar!
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