quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

CEFALEIA

 Quando alguém se queixa de dor de cabeça, costumo dizer, brincando, que é muito bom que tal aconteça, porque é a prova de que tem cabeça. Hoje, só para não me armar em engraçadinha, acordei eu com uma cefaleia violenta (assim, com nome pomposo, ganha outro estatuto), e mal consigo abrir os olhos. Obviamente, já fiz um cocktail de comprimidos, já andei a cheirar o Zorba, para confirmar que não é COVID, e já agradeci o facto de ter cabeça.

No entanto, a cefaleia aguda, felizmente não grave, não desaparece.

Para complicar as coisas, a vida moderna faz-se de ecrãs, e o brilho do meu computador dispara setas no meu cérebro. Penso que tenho muita sorte por não dar crédito à vida. Se assim não fosse, estaria fechada no quarto, às escuras, maldizendo a incómoda cefaleia.

Era capaz até de lhe chamar dor de cabeça, só para a minimizar!

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