A culpa é do Tempo. Sempre acelerado, não deixa espaço para essências e vai-se enchendo de existências excessivamente ocas. Surpreendo-me por não conseguir vir aqui, a esta minha janela, porque constato que, afinal, não tenho Tempo para mim.
Se me perguntarem se faço coisas muito significativas, terei, honestamente, que responder que não. Corro da Escola para a Santa Casa, tento resolver problemas, brinco à pressa com os cães, leio para temperar a alma, e no fim, bem espremido tudo, não há sumo.
Estarei a desistir de viver? Penso nisto e, sinceramente, fico preocupada. Porque eu defendo que é preciso construir sentidos se, de facto, queremos viver...
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