segunda-feira, 20 de abril de 2009
GPS
Surge uma voz sábia, martelada e irritante, que ordena que saia na primeira saída da próxima rotunda. A mesma voz garante que é para virar na próxima rua à direita. Há quem lhe obedeça. É a voz da modernidade, conhecedora dos melhores percursos, correctamente programada, evitando perdas de tempo, hesitações, dúvidas. Obviamente, não uso, não tenho, não quero, não obedeço! Desespera-me a necessidade desta humanidade que quer ser formatada, orientada, mandada, por maquinetas inoportunas mas muito sabedoras. Irrita-me a mania de estar tudo pronto, fácil, sem surpresas, sem o tempo GANHO quando, perdido o trajecto, se entrava nas terras próximas para perguntar, para conversar, para humanamente se conversar!! O GPS é, para a minha alma carente de afecto, mais um sinal da desumanização social... Em breve, decerto, vão inventar um DTP (distribuidor de ternura a pedido) e, depois, onde fica o toque subtil, o abraço forte, o beijo gostoso, o olhar ansioso????
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Contra os vários GPSs: não virar, não seguir, não sair, só se me apetecer!
ResponderEliminarGostei da ideia de mudares -e não quereres pensar só naquilo que faz doer!
Mas tens de o fazer mesmo: falar com os amigos, abrir a alma aos alunos, ajudar como sempre ajudaste os outros! Sem pensar no que corre mal, no que a escola piorou, nada!