terça-feira, 20 de maio de 2014

Para os braços de minha mãe

O poema, e a música, que o Pedro Abrunhosa canta, "Eu quero voltar para os braços de minha mãe", toca- me profundamente. Vejo o jovem de 20 anos a comprar amor em Amesterdão, sinto as saudades e a solidão que lhe doem fundo e, porque também eu queria que a minha filha voltasse para os meus braços, emociono-me sempre! Para além das minhas emoções, e talvez de algum excesso de sensibilidade que me caracteriza, gosto da voz rouca de Pedro Abrunhosa e considero este poema uma forma de intervenção social importante.

Ora, porque tenho a mania de pensar que os testes de avaliação sumativa devem, também, ser educativos e cruzarem competências sociais, resolvi usar "Quero voltar para os braços de minha mãe" para testar a competência de compreensão oral. Surpresa das surpresas, cerca de 80% dos meus alunos falhou na compreensão do que ouviu. Como sei que não são deficientes auditivos, fiquei preocupada. 

Os miúdos, os nossos jovens ( e os adultos também!) não sabem ouvir. Como agir para mudar este estado dramático de surdez funcional na nossa sociedade? Não sei. Tenho ideias, claro, mas carecem de fundamento científico...

3 comentários:

  1. Tem muita razão. Vivemos numa sociedade de autistas, onde ninguém ouve ninguém! Faça como pensa porque eu acredito mais na sua sensibilidade, não científica, do que em teorias sem sentido.
    Maria da Graça

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  2. Talvez so eu reconheça as fotografias... Obrigada mãe! Não há nada como os teus braços. Adoro -te
    Filipa

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  3. Professora Luísa, desejo as maiores felicidades para o lançamento da obra dos seus alunos. Mesmo que o Ministro não venha, será um momento grande para Portalegre. Espero que os alunos tenham consciência do privilégio que é tê-la como professora! Vou comprar o livro, claro.
    António

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