A Vinha virgem, feminina e ousada, abraçou o Alecrim. Indiferente à altura dele, sem se importar com a robustez dos ramos, ela, frágil, trepou e foi-o envolvendo, abraçando-o, aproveitando-lhe o apoio para chegar mais alto. Ele aceitou-a sem protestar, suportou-lhe o peso, ajudou-a a ver o sol mais de perto e achou-se lindo naquele abraço vermelho. Quem passava perto não comentava, nem criticava. Olhava apenas, rendido, a beleza daquele abraço. Ali, não havia quem ousasse pôr defeito.
Há coisas que, sendo tão naturais, quando acontecem nos humanos parecem estranhamente desajustadas...
Lindo, Luisa, o texto é a fotografia!
ResponderEliminarTexto de uma beleza e sensibilidade tocantes!
ResponderEliminarÉ de uma vital sabedoria abraçar os nadas...
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