sábado, 11 de outubro de 2014

O INSULTO

É comum considerar-se o Homem um ser de comunicação, um ser que, por ter o poder da palavra, pode comunicar, partilhar, opinar, amar e até odiar. Mas, acho eu, às vezes o homem baralha tudo e torna a palavra uma arma vulgar, metálica, cortante e assassina. 
O insulto é, para mim, a concretização da mediocridade, a afirmação do vazio de argumentos, a assumpção da estupidez. Quem insulta, é o cobarde que não tem argumentos, é o idiota (ou a idiota) que não consegue sair do seu mundinho de certezas vazias, para ouvir o outro, para compreender e partilhar. Às vezes, eu tenho também vontade de insultar! Mas obrigo-me a pensar que, se calhar - DE CERTEZA - há-de haver no outro diferenças que, não sendo minhas, merecerão ser escutadas.
Muitas e muitas vezes tento ensinar os meus alunos a debater ideias, a construir argumentos, a fazer citações, a usar a palavra ao serviço da inteligência. Não o faço apenas porque os programas o impõem... Faço-o, sobretudo, porque acredito que é através da palavra, da conversa calma, da capacidade de ouvir e compreender que se poderá, um dia..., construir um mundo melhor.
E eu quero tanto um Mundo Melhor!!

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