A sexta-feira é hoje assim, calma e tranquila, vendo chegar a noite em sossego com o meu eu. Olho o escuro, que apenas a lareira ilumina, e não me apetece ceder à tentação de pensar. Tenho muito para pensar, muito para fazer, mas concedo-me o direito à preguiça e fico sentindo a paz que me envolve. É boa esta paz que a vida me concede. É bom não querer nada, não desejar nada, não ter saudades de nada, não sofrer por nada. É estranhamente tranquilizadora esta sensação de vazio e indiferença que me permite, ainda que por breves minutos, sentir o escuro quente a anestesiar-me a emoção.
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