E mais do mesmo. Amanhã volto à escola, ao confronto com a cobardia instalada, à violência intelectual a que um professor é, hoje, sujeito em Portugal. Indiferente ao cheiro do mar que ainda carrego na pele, sem ligar nenhuma aos meus sentires atribulados, a vida impõe-se na nulidade que a caracteriza. E amanhã eu vou falar de uma obra de que não gosto, vou falar de Blimunda, de D. Maria Ana, de Mulheres que, como eu, sentiram e amaram. Vou, de tarde, falar aos miúdos pequenos do 10º ano do fascínio do conto. Vou dizer-lhes da importância de ouvir e vou contar-lhes um conto de se ser. Só para exemplo... Vou continuar na minha luta (inglória??) para formar uma geração diferente. Mais crítica, mais verdadeira, mais intensa, mais real, mais justa e mais Humana. Perco esta guerra todos os dias mas, no fundo-fundo, ainda não perdi a esperança de ganhar algumas batalhas. Vitórias que leio nos olhares atentos, nas conversas boas depois da campainha, nos momentos de pausa nos corredores desagradáveis da velha Escola...
Também eu não perdi a esperança!! Venham mais olhares atentos e conversas boas, eu faço isso!
ResponderEliminarObrigado por lutar por nós!
(Primeira pessoa a comentar o blogue... Pois, não é só testes, de facto!)