De novo o céu se cobre de nuvens, de novo a manhã acorda envolta num cobertor de humidade. Penso que o clima está como os portugueses, tristes e desiludidos, e oiço Pessoa na actualidade eterna:
Nem rei nem
lei, nem paz nem guerra,
define com
perfil e ser
este fulgor
baço da terra
que é
Portugal a entristecer –
brilho sem
luz e sem arder,
como o que o
fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe
que coisa quer.
Ninguém
conhece que alma tem,
nem o que é
mal nem o que é bem.
(Que ânsia
distante perto chora?)
Tudo é
incerto e derradeiro.
Tudo é
disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal,
hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Será que a hora não passou já?...
Temo que a hora esteja definitivamente perdida...
ResponderEliminarTeresa
Ai, Portugal, Portugal
ResponderEliminarDe que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar...
J Palma
Beijos..
Será que passou? Com tantos Relvas e Sócrates à solta por aí, é bem provável...
ResponderEliminarAna