Ali, junto ao Porto da Espada, depois de passar a estrada de curvas onde o olhar se afoga na paisagem líquida que a Apartadura oferece, há um campo de castanheiros que, seja em que época do ano for, me fascina. As velhas árvores, de troncos rugosos e largos, sugerem-me resistência, força também. Penso que, embora nem sempre morram de pé, aguentam as intémperies com uma energia invejável. Será porque não sentem? Ou será, apenas, porque não constestam o natural? Não quero respostas, basta-me a dúvida.
Lá no alto, espraia-se Marvão. Perto, encerrado num muro de branco imaculado, estão os mortos da zona.
Vou ali muitas vezes só para respirar. Fundo!
Sem comentários:
Enviar um comentário