terça-feira, 19 de agosto de 2014

INSIGNIFICÂNCIAS

Correndo o risco de repetir banalidades, apetece-me destacar, hoje e agora, o fascínio das pequenas coisas. O encantamento das insignificâncias que, normalmente, desvalorizamos por, exactamente, serem insignificantes (O pleonasmo é intencional). Creio que a idade, e a vida, me têm ensinado a cada vez mais, desfrutar do silêncio, da paz dentro de mim, das ninharias que tornam o meu quotidiano mais significativo. Para quê ódio, brigas e maledicências se, um dia, que é sempre breve demais, tudo se desfaz em nada? Se, afinal, o fim é o mesmo para todos? Ricardo Reis que a inveja provoca movimento excessivo aos olhos, e eu acho que o ódio, a má língua, a crítica cruel e feroz, provocam movimento desnecessário à alma. Quero aprender a valorizar cada amanhecer, cada palavra suave, cada abraço cúmplice, cada mergulho na água fresca. A vida, a exterior, passa...

3 comentários:

  1. Mesmo aqui na Suécia todos os dias fui espreita-la e estava a estranhar o seu silêncio...
    Pois também a mim são as pequenas coisas, materiais ou não que contribuem para momentos de felicidade!
    Se uma reformada pode falar de férias, digo que amanhã as minhas acabam!

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  2. É isso mesmo, Luísa:descobrir cada dia as pequenas (aparentes) insignificâncias da vida! E do que os outros nos dão. UM beijo grande. Sempre aqui...

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