Foi meu aluno há alguns anos. Quantos, não sei. Sei que foi fazer o seu curso e, há cerca de um ano, encontrei-o já formado, um artista, tentando trabalhar no mundo do Teatro.
Afectos apenas interrompidos, logo a conversa os reatou e passei a contar com ele nas minhas actividades com os alunos de agora. Disponível sempre, sorrindo, ia à minha aula e desafiava os miúdos para ousarem a diferença. Nos olhos dele, o sonho, a arte feita possível, a vontade de fazer acontecer a diferença.
Hoje, mais uma vez, ele veio à sala de aula. Orientou os mais novos na recriação do Gil Vicente, fez sugestões, falou de colocação de voz, de domínio e exploração do corpo. Depois, despediu-se. Não posso voltar, disse, vou para a Holanda amanhã, arranjei lá trablaho, não voltarei tão cedo...
Senti uma angústia misturada com alegria. Que bom que o Paulo tenha encontrado um lugar onde o seu talento é reconhecido. Que pena ver partir mais um jovem de qualidade...
Boa sorte, Paulo!
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