sábado, 16 de maio de 2015

O MEU POEMA

PODIAS SER O MEU POEMA

Se fosses o meu Poema escrevia-te  sem
consoantes surdas
Para que me ouvisses sempre!
Usaria muitas vogais para
te lembrar as campainhas que
tocam quando me abraças.

Se fosses o meu Poema havia de
roubar-te a Cesário para que
fosses a corveta fina e eu
o teu mar de calmaria.

Se fosses o meu Poema evitaria
a pontuação para
que procurasses livremente
o sentido no meu Ser.

Se fosses o meu Poema aprender-te-ia
de cor para
no silêncio cinzento
te ler em linhas de possíveis.

Se fosses o meu Poema
não terias palavras agudas.

Se fosses o meu Poema serias
uma edição limitada.
Um edição de autor!
 

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