Chuva e vento intenso, a alma (seja lá isso o que for) com a camisola cinzenta vestida, a lareira com fogo forte. A sala a cheirar bem, a leite creme queimado, a ganso estufado, a batatinhas no forno.
E chegaram as amigas.
Sentamo-nos à mesa e a conversa correu, como corre sempre que a amizade diz presente, feita de insignificâncias cheias de sentido. Voltaram as tardes na praceta, aqueles primeiros namoros tão intensos e promissores, as aulas no velho Liceu, agora memórias polvilhadas com as gracinhas dos netos. O Tempo a desfiar-se, as filhas que cresceram, as saudades de braço dado com o receio do amanhã.
Ao café, o óbvio: - Estamos a ficar velhas amigas. Melhor, estamos a ficar velhas, mas jovens amigas sempre!
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