segunda-feira, 5 de outubro de 2020

DOCES

 Nestes dias de Outono hesitante, eu entro em modo de confiança na existência. Recupero muitas memórias, deixo correr mil histórias dentro de mim, reinvento tradições. Ontem, foi domingo de doce de abóbora. Nascida na Quinta, a abóbora é perfeitamente amiga do ambiente, livre de tratamentos e de  casca bem dura. Coloquei o meu avental, carregado de muito lavadas nódoas de vidas, e fiz o doce. Pronto, enchi os frasquinhos de vidro e, como sempre acontecia quando eu era criança, fervi-os de cabeça para baixo. Depois, com mil cuidados, deixei-os arrefecer na tábua (que é de plástico) da cozinha. Hoje, olhei para os frasquinhos e tive pena. Estão de rabo para o ar desde ontem! Endireitei-os e procurei os amigos, sempre procuro os amigos, para fazer distribuição. Gosto mais de fazer os doces de Outono do que de comê-los, confesso. 


1 comentário:

  1. Eu agora já não faço compotas... a família decretou guerra ao açúcar e para mim só não vale o trabalho!

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