Há uma aranha que, com arte e persistência, tece a teia na minha janela. Eu, que não gosto de aranhas, desfaço a teia. E ela insiste. E eu desfaço. E ela faz de novo. E eu desfaço. Hoje, olhei para ela e estive quase a acabar-lhe com a teimosia, usando para isso o meu sapato. Mas, olhando melhor, não apliquei a pena.
Fiquei a pensar na insistência, acéfala, de um bicho tão pequeno e, sem querer, pensei que eu, que tenho cérebro (acho...) desisto de tantas coisas com excessiva facilidade...
A teimosia é negativa, mas a persistência é necessária!
Como a aranha, eu devia continuar a tecer uma teia de possíveis, uma malha de apoio à realização das transformações que, para mim, são imprescindíveis e urgentes nas escolas.
No entanto, ao contrário da aranha, apetece-me desistir. Estou muito farta de mãos alheias a desfazer as muitas tentativas de construção de redes de mudança...
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