sábado, 26 de setembro de 2020

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Embora a alguns amigos meus pareça estranho, eu concordo, e entusiasmo-me, com a maioria das decisões que este governo tem tomado no campo da Educação. Sou uma defensora convicta da Autonomia e Flexibilidade, acredito de facto que a avaliação tem de ser parte integrante do processo de ensino e aprendizagem e desejo uma Escola mais equitativa, mais fazedora de Pessoas e capaz de formar cidadãos activos, críticos, empreendedores, solidários e disponíveis para aprender. 

Sim, eu ainda acredito que a Escola de hoje pode fazer sentido, apesar do Covid e de muitas dificuldades.

No entanto, não concordo com o sistema de avaliação do desempenho docente. Defendo, sempre defendi, que quem trabalha quem que ser distinguido de quem simplesmente cumpre horário mas, insisto, não da forma que vigora. Como podemos acreditar numa avaliação sem olhar objectivo, centrada em momentos, baseada em relatórios e simpatias? Conheço escolas onde, pasme-se, professores de escalões inferiores avaliam os colegas de escalões superiores; onde se distribuem as classificações de Muito Bom não pelo real valor do desempenho avaliado mas, sobretudo, pela necessidade de cada professor  obter essa classificação para poder progredir na carreira. Para mim, não faz sentido! 

Defendo uma avaliação com diversos parâmetros e na qual a intervenção dos alunos  seja considerada.

Eu gosto imenso de ser professora, cada vez mais acredito que só a Educação pode construir um mundo melhor, mas não tenho dúvidas de que a mesma Educação é uma ciência e não, apenas,  um jogo de palpites ou simpatias.

Não gosto deste modelo de Avaliação do Desempenho Docente que vigora em Portugal. 

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