sábado, 2 de maio de 2009

PESSOA e EU

Sábado de sol, Primavera incipiente, flores e muito vento. Fiquei por casa, cumprindo a existência num fazer de obrigações inadiáveis, procurando dar sentido, e muita qualidade, ao meu ser professora. Divaguei por Saramago, perdi-me em Pessoa e saltei Sttau Monteiro porque, de verdade, a minha consciência política (seja lá isso o que for) anda magoada demais.
Com Pessoa, eternos amigos, conversei de coisas e sentires. Ele, sempre trocista da vulgaridade, falou-me da necessidade de sentir-pensando, condenando o meu vício de pensar-sentindo. Eu falei-lhe de sonhos, de saudades, de filhas, de netos. E ele confrontou-me com a eterna procura do eu-no-outro, com a inevitabilidade do Tempo e com a urgência do momento. Quis falar-lhe de memórias boas, tenho muitas, mas estilhaçaram-se contra a racionalidade inteligente. É isso, ele tem razão: - Foram. não são!!

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