Eu sabia que ela havia de cair! Sabia que não ficaria para sempre trancada nas nuvens, lá longe, e há dois dias que olhava o céu esperando vê-la escorrer. Gosto de a esperar. Gosto de ver os preparativos da terra para a receber, gosto do cheiro forte que a antecede e da música húmida que faz concertos nas minhas janelas.
Agora, tarde na noite, oiço-a forte e enérgica.
Não durmo, fico gozando o privilégio da noite escorrida e, estupidamente, desejo que a chuva lave a existência humana deixando, pelo caminho, a minha alma mais leve...
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