Pirata
Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.
Gosto de uivar no vento com os mastros
E de me abrir na brisa com as velas,
E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.
A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.
Sophia de Mello Breyner
Porque me sinto assim, na vida de hoje!
Que lindo!!
ResponderEliminarÉ assim mesmo...
Grade Sofhia!
Grande Setôra!
Vivam os piratas! Tão bonito este poema! Sim, Grande Setôra que tem tão bom gosto...
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