O Papa Francisco dá-me segurança, emociona-me, desafia os meus melhores sentimentos. Gosto do sorriso, da coragem das palavras, da simplicidade, do olhar directo e franco. Hoje, ou melhor ontem..., gostei de o ouvir protestar contra os padres que recusam baptizar filhos de mães solteiras. Sensibilizou-me ouvi-lo lembrar Jesus Cristo que nunca repudiou ninguém! Tocou-me fundo ouvi-lo dizer que na Igreja há lugar para os pecadores, e não apenas para os Santos.
Talvez, agora, depois de séculos de incompreensão, a Igreja Católica seja capaz de se voltar para o verdadeiro sentido humanista que a deve, julgo eu, definir.
A nomeação de D. Manuel Clemente também me enche de esperança. Penso que é um Cardeal próximo dos ideais do Papa Francisco e, por isso também, confio nele. Como católica, cheia de angústias e falhas, muitas vezes senti que a minha Igreja me não compreendia. Talvez cobardemente, refugiei-me em Cristo, que eu SEI que é meu Amigo, e fui-me afastando dalgumas práticas que a minha Fé impõe. No entanto, algumas outras práticas, como o baptismo, defendo sempre. Acho um ritual que tem sentido pois, para mim, implica inserir a criança numa família alargada onde, pelo menos teoricamente, a amizade e a solidariedade imperam. Por isso, acho importante a escolha dos padrinhos, pessoas próximas da família, presentes sempre que necessárias. Parece-me lógico que, se possível, os padrinhos sejam irmãos dos pais, afinal a família mais próxima! Ora, assim sendo, foi com alguma estranheza que soube que, desde há cerca de três anos, para se apadrinhar (ou amadrinhar) uma criança, é imprescindível ter-se sido crismado! Pasmei! Fará sentido?! Fiquei com dúvidas, fui ler, procurar respostas. No silêncio das minhas noites dolorosamente longas, perguntei a Cristo a resposta. Ontem, subitamente, o Papa Francisco respondeu-me, ao defender que todas as crianças podem e devem ser baptizadas, sem rigores de papéis ou complicações de cursos. Fiquei feliz e, hoje, quando mais logo for tomar café vendo o Tejo, vou, de certeza, lembrar-me do rio Jordão, da simplicidade de João Baptista!
A Igreja, que nasceu de uma simplicidade naturalmente ecológica, foi-se enchendo de regras, de ouros, de leis absurdas, de viveres sumptuosos e de imposições postiças que nada têm a ver com o desprendimento de Cristo ou do Baptista!
ResponderEliminarTem feito afastar muito crente que persiste em viver agarrado à filosofia que Cristo e nunca ao cerimonial e manancial de exclusões que o Estado do Vaticano tem imposto ao longo dos séculos.
Quem sabe se este Papa Francisco, este Patriarca Clemente e outros seguidores da simplicidade de Cristo terão a força suficiente para afastar a Nomenklatura instalada no seio desta Igreja retrógrada?
Também tenho confiança em D. Clemente. Mas, setôra, também temos de ter confiança em cada um de nós, não acha? "Deus deu-nos a liberdade de escolha" - Lembra-se de nos dizer isto quando discutiamos a Aparição (acho que já saíu do programa)...
ResponderEliminarAna