Levamos, todos, a vida a tecer narrativas. Contamos histórias sobre pequenos factos do quotidiano, fazemos narrativas mais ou menos empolgadas sobre o que enche o nosso tempo e, até sem darmos por isso, construimos personagens pluralmente significativas. Contamos histórias até a nós próprimos, cada vez que, por exemplo, recuperamos uma memória!
No fundo, vivemos desempenhando papéis, desfiando cenários, construindo enredos... Mas, ainda que, às vezes, eu tenha efectiva consciência deste vício narrativo, ainda há histórias que me impressionam.
Impressiona-me, por exemplo, a ligeireza com que, frequentemente, oiço narrativas absurdas para justificar falhas e erros. O gosto de manter o absurdo, em vez da humildade de o corrigir, dá origem a fantásticas histórias que, não sendo de faz de conta, tornam o dito até real...
Coisas que, às vezes, me acontecem. Só a mim, com certeza...
Acontecem a toda a gente. Somos assim mesmo.
ResponderEliminarNão ouvimos já todos dizer que "uma mentira dita mil vezes se torna verdade"?
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