sábado, 28 de maio de 2016

BRAGA

Braga é uma cidade curiosa. Um espaço requalificado, cheio de animação, de gente jovem e de muitos monumentos a provar uma história longa e rica. Gosto muito de ir a Braga, de passear nas ruas floridas, de me sentar nas muitas esplanadas que enchem as ruas de pedra. Este fim-de-semana, uma vez mais, andei pela cidade do Minho e, por sorte, mergulhei numa muito rica feira romana. Se as bruxas e as gárgulas assustaram a minha neta Constança, a mim houve uma situação que me apavorou e que, ainda por cima, não se relaciona apenas com reconstruções históricas.
Devo confessar que a minha fé não é tão forte como eu desejaria. No entanto, sempre que vejo uma igreja, gosto de entrar, de me sentar um pouco e de rezar à minha moda, num diálogo talvez excessivamente informal com o Cristo Homem. Ora, passando à porta da Sé de Braga decidi cumprir o meu ritual. Dei a mão à Constança e disse-lhe que íamos entrar um bocadinho na casa do Jesus. Íamos, mas não fomos. Porque, à porta, pediram-me três euros e meio para entrar. Em vão expliquei que não queria fazer uma visita, tão só rezar um pouco com a minha neta. De nada serviram os meus argumentos de católica, ou mesmo de cidadã. Na Sé de Braga só se entra pagando! Fiquei tão indignada, que nem perguntei se para assistir à missa também se tem de pagar.
Jesus Cristo expulsou os vendilhões do Templo, mas não foi suficientemente eficaz! Ou, se calhar, os vendilhões de agora já nem reconhecem um Templo...

4 comentários:

  1. Hummm...encontrei disso em Itália ao pontapé, razão de não ter apreciado o interior de uma data de igrejas. Pelos vistos já cá chegou a moda. Vendilhões do Templo. Isso mesmo.
    Desconheço Braga.

    ResponderEliminar
  2. Luisa, já estive em tantos sítios (lá fora) em que é preciso pagar para ver as igrejas e não se pagavam só 3€! Mas claro, hoje eu não pago pois já tive a minha dose de igrejas e catedrais no tempo dos filhos (há 25 anos ainda não tinham descoberto essa fonte de rendimento).

    ResponderEliminar
  3. Pensando bem até concordo que se pague para visitar as igrejas/ catedrais que têm grande afluxo de turistas pois a grande % não vai para rezar. Os custos de manutenção são elevados e algumas há a serem pesadas por milhões de pessoas ( S. Marcos em Veneza p.ex.)!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Dalma, eu não concordo. Ou melhor, eu concordo que se pague para visitar, quando momunmento. No entanto, numa igreja, a entrada para rezar, ainda que apenas com acesso à nave central, deve ser gratuito. É uma questão religiosa, talvez...

      Eliminar