Olá, Pai,
Estás aí? A minha fé insegura diz-me que sim. Que continuas vendo-me, amparando-me. O pragmatismo do meu neto faz-me sorrir, avó no céu não está ninguém porque eu já lá fui muitas vezes, e duvidar também. Dizem-me, as vozes da razão, que estás vigilante. Pai, às vezes não te sinto mais. E tenho tantas saudades, fazes-me tanta falta.
Tenho-te na memória, nas conversas pelos campos espreitando a caça, nos almoços de domingo que sempre gostavas de fazer fora, na mesa cheia de amigos, ao pé da fonte. Sabes Pai, já não há fonte. Já não há a varanda de onde, garantias tu, se espreitássemos por baixo das pernas se via ao mar. Não há nada, Pai!
Há, agora, um imenso vazio, uma ausência de colo que me fere e faz sofrer. Tudo desapareceu, como tu, deixando em mim uma dor que sangra a cada dia. Um dia eu vou também, com o Tempo, para esse lugar talvez inexistente onde, se não estiver mais o teu abraço, estará a paz do nada. Fazes-me tanta falta... Hoje, era o teu dia. Coisas os homens, porque, quando se ama um Pai como eu te amo a ti, o calendário não chega. Agora Pai, já não vou para casa. Porque não há casa, não havendo tu. Queria tanto-tanto dar-te o beijo que te envio ...
Estás aí? A minha fé insegura diz-me que sim. Que continuas vendo-me, amparando-me. O pragmatismo do meu neto faz-me sorrir, avó no céu não está ninguém porque eu já lá fui muitas vezes, e duvidar também. Dizem-me, as vozes da razão, que estás vigilante. Pai, às vezes não te sinto mais. E tenho tantas saudades, fazes-me tanta falta.
Tenho-te na memória, nas conversas pelos campos espreitando a caça, nos almoços de domingo que sempre gostavas de fazer fora, na mesa cheia de amigos, ao pé da fonte. Sabes Pai, já não há fonte. Já não há a varanda de onde, garantias tu, se espreitássemos por baixo das pernas se via ao mar. Não há nada, Pai!
Há, agora, um imenso vazio, uma ausência de colo que me fere e faz sofrer. Tudo desapareceu, como tu, deixando em mim uma dor que sangra a cada dia. Um dia eu vou também, com o Tempo, para esse lugar talvez inexistente onde, se não estiver mais o teu abraço, estará a paz do nada. Fazes-me tanta falta... Hoje, era o teu dia. Coisas os homens, porque, quando se ama um Pai como eu te amo a ti, o calendário não chega. Agora Pai, já não vou para casa. Porque não há casa, não havendo tu. Queria tanto-tanto dar-te o beijo que te envio ...
Pois, Luisa, tb eu gostava de acreditar que um dia poderia de novo "abraçar" o meu pai!
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