Contei a história do cavalinho verde. Esse que, de noite, com a menina, voava para um mundo onde os morangos eram brancos e sabiam a chocolate, os melões eram lilases e sabiam a bolo de bolacha.
Contei, também, a história do Cavaleiro que, com uma enorme lança bem afiada, transformava a maldade em doçura, a guerra em paz e palavras feias em flores. Falei da importância de acreditar nos sonhos e imaginei, com eles, a grande viagem no cisne que voa de piscinas a oceanos, acompanhado por cães fiéis. E o sono, ao fim de um dia cheio de ternura, mergulhos e brincadeiras, chegou enfim.
Mas a trovoada não levou os meus receios, não iluminou a minha confiança e não mudou o mundo com energia!
Felizmente, amanhã os meus netos hão-de lembrar-me que é preciso, com muita força, perseguir a magia para, quem sabe?, um dia cores e sabores darem sentido à existência...
Nô mais, nô mais Musa, nô mais.
ResponderEliminarkonets
Luísa, aproveite bem estes tempos em que os netos são pequenos, depois
ResponderEliminarjá crescidos a magia e o encantamento deixam de ser apelativos, embora as memórias lá fiquem e relembrem com saudade esses tempos na Serra!