Morreu sem elogios de monta. Meia dúzia de linhas nos jornais anunciaram que Fernando António Nogueira Pessoa tinha, no dia 30 de Novembro de 1935, ido a enterrar. Apenas. Como se quisesse vingar-se do desprezo da vida, Pessoa permaneceu vivo para além da morte e, ainda hoje, gera polémica, ódios e amores. Há quem o ache absurdo; há quem o considere extraordinário e singular. Eu incluo-me no segundo grupo! Admiro a obra de Pessoa e leio-o sempre com prazer. Fascina-me a questão da heteronímia, sou adepta do Sensacionismo de Caeiro e, vezes demais..., partilho o Intimismo de Campos. A Mensagem faz-me vir as lágrimas aos olhos e poemas como Gato que brincas na rua, ou Autopsicografia, ou ainda Mar Português oferecem-me novos desafios a cada leitura.
Fernando Pessoa, um dia, visitou Portalegre, a minha cidade tão amada, e teceu-lhe críticas pouco abonatórias. Porque o admiro, até isso lhe perdoo!!
Hoje, no dia do aniversário da sua morte, peço-lhe que, esteja lá onde estiver, ajude os meus alunos a apaixonarem-se pela Poesia. Por essa Poesia que, como diz Caeiro, está aí, na vida das gentes...
Mãe querida,
ResponderEliminarOs teus alunos nem sabem a sorte que têm por seres professora deles! De forma diferente da de pessoa, talvez por que te recuses a ser tão louca, a tua escrita marca aqueles que a podem ler, a tua escrita cativa, comove! Acho-a e acho-te geniais! Sinto-me priviligiada por te ter como mãe, por me teres transmitido os sentires e as emoções que nos constroem. Obrigada mãepor me teres ensinado Pessoa e por me teres feito crescer com sentires.
Adoro-te