sábado, 30 de julho de 2011

Equilibrio

São todas diferentes, na cor, na forma, no perfume, na postura até. Convivem, numa desordem que sei que é artificial e provocada mas que, ainda assim, me encanta, fazendo uma tela sedutora. Gosto da mistura das cores, do aspecto quase selvagem deste jardim, da paz que se respira ao caminhar por ali.
Muitas vezes penso que, na vida moderna, a organização das cidades do século XXI esqueceu as pessoas que lá moram... As nossas cidades portuguesas, mesmo depois do fenómeno Pólis, carecem de espaços de cor, de bem-estar, de zonas de passagem com sentido!
Assisti, na minha cidade de Portalegre, a obras ditas de requalificação que, para mim, foram apenas de descaracterização. Talvez por isso, quando no estrangeiro observo formas de conciliar, com equilibrio e qualidade, a modernidade e a vida das gentes, fico com pena que, por aqui, se continue na senda da destruição...
Gosto de Portugal. Gosto deste país de (relativamente) brandos costumes mas, sinceramente, acho que o meu país merecia ser mais bem cuidado!! Passear, hoje, num qualquer "jardim" da cidade que Régio adoptou, dá vontade de chorar!!!

2 comentários:

  1. Se elas vivem numa "desordem ordenada", porque temos nós, reles humanos, de complicar tudo?? deviamos aproveitar mais o que a Natureza tem para nos ensinar...
    Mil beijos

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  2. Esquecem que as cidades são feitas por pessoas e, por isso, deveriam ser adequadas e preparadas para as pessoas.

    Quem trabalhasse em autarquias, quem fosse membro do governo deveria, antes, frequentar um curso de civilidade, de modo a que soubessem lidar com as pessoas, saber das suas necessidades.

    Se as medidas e as leis fossem feitas para o bem dos cidadãos, a pensar neles, muita coisa seria melhor neste mundo.

    O caos organizado das suas flores é lindo de olhar, também o deveria ser o das cidades, das vilas e de outros aglomerados onde vivam PESSOAS.

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