sábado, 16 de julho de 2011

Noite

A lua está redonda, perfeita, luminosa, quase causando inveja ao sol que dorme já. O silêncio da noite envolve-me e o concerto das cigarras é exclusivamente para mim. São as cigarras da minha infância, as artistas eternas das noites de Verão na Serra, as que aprendi a descobrir, escondidas nas folhas das heras, perto dos pirilampos que então me extasiavam. É o mundo autêntico, o não-humano, a falar-me da força do silêncio melódico, da cumplicidade da escuridão que a lua mascara de magia. É a minha Serra, hoje.

2 comentários:

  1. De certeza que a lua está a sorrir para si, a olhá-la, a contar-lhe segredos, numa conversa íntima, numa conversa longa, numa conversa de mulheres...

    Cumprimentos.

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  2. Querida,
    é a natureza a mostrar-te como há nesta vida coisas simples e maravilhosas.
    Essa é a tua Serra que nos ensinaste a amar e nos ajudaste a torná-la também nossa. Foi nessa Serra que nos ensinaste a procurar os tão luminosos pirilampos. Foi nessa Serra, nessa Serra que te acolhe e te mima, que fizeste de nós o que somos hoje.
    Mil beijos

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